20 anos atrás, éramos um país consideravelmente mais pobre e periférico que hoje, com menor acesso à eletrônicos de última linha: videogames não eram excessão.
Assim, conviviam no mercado tanto os atualíssimos (e caros) Mega Drive e SNES quanto os defasados (e um pouco menos caros) Master System e os clones de Nintendinho.
É por isso que, mesmo no auge dos 16 bits, com SF II e Sonic hipnotizando a piazada lá fora e aqui, este rapazinho aqui ganhou... um Master System II, com Alex Kidd na memória.
Por insistência infantil (eu era uma criança insuportável, o que hoje é fonte de sérios arrependimentos), levei também outros dois jogos (Blade Eagle 3D e Shapes and Columns) e os sensacionalmente supérfluos Óculos 3D.
Rasgo o embrulho, corro para a TV dos meus pais, uma 14' que ainda posso ouvir o chiado de sintonia, instalada naqueles suportes de teto que eram garantia de um torcicolo por dia de jogatina, e inicio ali um hobby que aos trancos e barrancos cultivo até hoje, com fases de alta e baixa, conforme mostrarei aqui.
Instalar o videogame era impossível para um moleque de seis anos: não alcançava a TV no "teto", e também era preciso com uma faca rosquear e desrosquear os "parafusos" detrás da tela para conectar a lendária caixinha TV - GAME atrás, um puta perigo pra quem tem duas mãos esquerdas como eu.
"Autorização" para jogar na época também não era uma tarefa simples. Meu pai acreditava que os jogos estragavam a TV (difícil o pai que não cria nisso), e, portanto, jogar só durante o expediente no banco.
Mas nada disso impediu anos e anos de divertida jogatina no Master (e torcicolos constantes). Espero que se divirtam lendo como me diverti na época.
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
De quem eu sou e de quem vim a ser *
Até meados de 1994, a Tectoy mantinha um stand no Hipermercado Vitória, atual Comprefort em Itajaí, cidade a trinta km daonde moro.
Desnecessário dizer que, nos meus sete anos, era esta a escusa principal para acompanhar minha mãe às compras (também aproveitava para passar na loja de peixes do lado de fora, levando algum peixinho que fatalmente seria devorado pelo meu beta-rei, mas essa é outra história).
Foram nessas idas e vindas pueris que adquiri boa parte dos meus jogos de Master System na infância, e que fomentei a maioria das lembranças que são fonte desse blog.
Outra parte era decorrente das conversas de escola, troca-empréstimo de cartuchos com amigos e vizinhos, leitura de revistas de jogos, idas à locadoras de videogame e afins.
Transcrever essas experiências e memórias é o principal intuito desse blog: raramente terei o cinismo de abordar jogos que não joguei na época, unicamente para taxá-los de "clássicos" ou qualquer outro lugar comum.
Mais que um blog de jogos retrôs, é um blog de memórias retrôs. E eu espero que, a despeito da minha imensa preguiça, ele prospere.
Boa leitura.
*Em homenagem ao título da primeira edição do Batman: Ano Um do Frank Miller.
Desnecessário dizer que, nos meus sete anos, era esta a escusa principal para acompanhar minha mãe às compras (também aproveitava para passar na loja de peixes do lado de fora, levando algum peixinho que fatalmente seria devorado pelo meu beta-rei, mas essa é outra história).
Foram nessas idas e vindas pueris que adquiri boa parte dos meus jogos de Master System na infância, e que fomentei a maioria das lembranças que são fonte desse blog.
Outra parte era decorrente das conversas de escola, troca-empréstimo de cartuchos com amigos e vizinhos, leitura de revistas de jogos, idas à locadoras de videogame e afins.
Transcrever essas experiências e memórias é o principal intuito desse blog: raramente terei o cinismo de abordar jogos que não joguei na época, unicamente para taxá-los de "clássicos" ou qualquer outro lugar comum.
Mais que um blog de jogos retrôs, é um blog de memórias retrôs. E eu espero que, a despeito da minha imensa preguiça, ele prospere.
Boa leitura.
*Em homenagem ao título da primeira edição do Batman: Ano Um do Frank Miller.
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