sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Começo de Tudo - 21.07.1992

20 anos atrás, éramos um país consideravelmente mais pobre e periférico que hoje, com menor acesso à eletrônicos de última linha: videogames não eram excessão.

Assim, conviviam no mercado tanto os atualíssimos (e caros) Mega Drive e SNES quanto os defasados (e um pouco menos caros) Master System e os clones de Nintendinho.

É por isso que, mesmo no auge dos 16 bits, com SF II e Sonic hipnotizando a piazada lá fora e aqui, este rapazinho aqui ganhou... um Master System II, com Alex Kidd na memória.

Por insistência infantil (eu era uma criança insuportável, o que hoje é fonte de sérios arrependimentos), levei também outros dois jogos (Blade Eagle 3D e Shapes and Columns) e os sensacionalmente supérfluos Óculos 3D.

Rasgo o embrulho, corro para a TV dos meus pais, uma 14' que ainda posso ouvir o chiado de sintonia, instalada naqueles suportes de teto que eram garantia de um torcicolo por dia de jogatina, e inicio ali um hobby que aos trancos e barrancos cultivo até hoje, com fases de alta e baixa, conforme mostrarei aqui.

Instalar o videogame era impossível para um moleque de seis anos: não alcançava a TV no "teto", e também era preciso com uma faca rosquear e desrosquear  os "parafusos" detrás da tela para conectar a lendária caixinha TV - GAME atrás, um puta perigo pra quem tem duas mãos esquerdas como eu.

"Autorização" para jogar na época também não era uma tarefa simples. Meu pai acreditava que os jogos estragavam a TV (difícil o pai que não cria nisso), e, portanto, jogar só durante o expediente no banco.

Mas nada disso impediu anos e anos de divertida jogatina no Master (e torcicolos constantes). Espero que se divirtam lendo como me diverti na época.

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