quinta-feira, 8 de março de 2012

Blade Eagle 3D

Então, como eu contei um tempo atrás aí, meu Master veio com Alex Kidd na memória (com botões invertidos e com o Alex comendo hambúrgueres ao passar de fase), além de Shapes & Columns e Blade Eagle 3D, ambos caixa de papelão.

Como Shapes era "jogo de pecinha" (e eu honestamente não lembro porque escolhi esse), acabei jogando bastante Blade Eagle.

Acho que já comentei: A idéia do blog é mais relembrar os jogos pelas impressões da época do que dar um review deles hoje.

Então, as linhas abaixo são de cabeça, prejudicadas não só pela inépcia do escriba como por quase vinte anos de passado.

Eu achava Blade Eagle 3D do caralho, sérião. Tela título fera, musiquinha empolgante, o uso do Óculos 3D, acessório que a Sega usou pra ganhar dinheiro se aproveitando que nós, crianças, éramos burras (a Nintendo deu o mesmo golpe com a Power Glove).

Porra, jurava que tinha um "3D" na Tela Título.

Na jogabilidade eu curtia também. O jogo era (é) um de navezinha simples, evolução espiritual do Astro Warrior, sem muito mistério. O 3D forçava a ilusão de profundidade, e era possível a nave "subir e descer" no cenário com o apertar de um botão, possibilitando a destruição tanto das naves inimigas quanto "pedaços" da base (ATENÇÃO: há chances disso não existir. Vou rejogar no emulador antes do próximo post, juro).

Já disse que meu Master ficava na 14' dos meus pais, que num feio costume da época, a colocavam na "quina" do teto, me forçando a jogar com o pescoço inclinado pra cima.

Não o bastante, o óculos 3D do Master também é digno da medalha "amigos do Tylenol", ou seja, jogar com o acessório (que já era incômodo normalmente) naquela TV era um suplício.

Por conta disso, joguei muito Blade Eagle 3D... em 2D. Na verdade, a imagem que me vem do jogo é da nave e dos oponentes "duplicados", sem aplicação do efeito 3D. Confiram no emulador e acho que rola de entender o que eu digo.

A música era ok, no trinadinho de praxe do Master. Os gráficos também faziam seu papel, falcatrua de 3D à parte, cenários variados. Uma lembrança aleatória é que na segunda (terceira?) fase, numa área aquática, o AZUL do mar era tão forte que eu pausava o jogo e mudava a TV para preto-e-branco, ou ficava injogável. Minha irmã, que se arriscava a pilotar também, fazia o mesmo. Heh.


 Não tinha nada a reclamar dos controles, na época. Inclusive, gostava tanto do jogo que até comprei um joystick MANCHE pro Master, o qual quase nunca usei. Acho que meus pais perderam mais dinheiro comigo que com o Plano Collor...

Em suma, o saldo do jogo na minha infância é bem positivo. Vou rejogar daqui a pouco, se eu constatar que era uma merda como boa parte dos jogos de Master que a idade fez questão de DESMASCARAR, volto aqui. Ou não.

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